sexta-feira, 20 de março de 2009

A Menina-Lobo do TexasÉ um dos casos mais impressionantes e que assumiu status de verdadeira lenda. No começo do século XIX, em uma região erma, quase despovoada, às margens do rio do Diabo (Devil's river), próximo à localidade de Del Rio, contava-se que existia uma menina-loba. Sua mãe morrera no parto e o pai, John Dent, sucumbiu em meio a uma tempestade enquanto procurava ajuda.A criança não foi encontrada e o povo presumiu que havia sido devorada pelos lobos que habitavam as vizinhanças. Em 1845, o rapaz morador de San Felipe Springs, disse que tinha visto uma matilha de lobos que atacava seu rebanho de cabras e, entre eles, havia "uma criatura com longos cabelos que cobriam suas feições; parecia uma garota e estava nua." No ano seguinte, os índios Apaches também relataram que muitas vezes encontravam pegadas humanas entre pegadas de lobos.Um caçador foi contratado e no terceiro dia de busca, a garota, agora uma jovem adulta, foi encurralada em um canyon. O lobo que a acompanhava morreu tentando defendê-la. Ela foi levada para um rancho e trancada em um quarto. Naquela tarde, um grande número de lobos, aparentemente atraídos pelos gritos-uivos da moça, cercaram a casa. As pessoas ficaram em pânico e no meio da confusão, ela escapou. Em 1852 foi vista novamente às margens do rio Grande acompanhada de dois filhotes de lobo e nunca mais se teve notícias dela.
Kaspar Hauser: Este jovem aparentava ter 16 anos quando surgiu "do nada" na tarde de 26 de maio de 1828 em Nuremberg, Alemanha: "Vestia casaco cinzento, calças puídas, um velho colete, camisa, botas e um chapéu cilíndrico. O seu passo era pouco firme, como o de uma criança que tivesse acabado de aprender a andar". Abordado por dois sapateiros, entregou-lhes uma carta endereçada ao comandante da 4ª Companhia do 6º Regimento de Cavalaria Ligeira, lotado naquela cidade.Em sua primeira noite, dormiu em um estábulo depois de aceitar e pão e água para comer, rejeitando, repugnado, cerveja e carne. Interrogado pelas autoridades, respondia com palavras desconexas ou apenas dizia: "Não sei," A carta informava sua data de nascimento: 30 de abril de 1812, e nada mais que pudesse esclarecer a indentidade do estranho. Deram-lhe papel e caneta e, para surpresa de todos, ele escreveu: Kaspar Hauser.Os dias passavam e nenhum fato novo surgia sobre a origem do rapaz. Foi adotado pela família de um guarda da prisão, Andreas Hiltel. A convivência mostrou que Kaspar não era um retardado mental; antes, era desprovido de qualquer educação ou noções de sociabilidade. Com os filhos de Hiltel, aprendeu a usar talheres, cuidar de sua higiene pessoal e logo conseguia dizer frases completas. Sob a orientação do professor da escola local sua mente desenvolveu-se rapidamente.Aos poucos, revelava umas poucas lembranças: tinha vivido recluso em local desconhecido a maior parte de sua vida, aos cuidados de carcereiro cujo rosto jamais tinha visto. A facilidade com que aprendia coisas novas mostravam que ele tinha sido confinado quando já possuía idade suficiente para andar e falar; além disso, escrevera o próprio nome. Em suas recordações, via um calabouço, um castelo, um brasão e um cavalo de brinquedo feito de madeira.Muitos especularam que o jovem era o herdeiro da Casa Real do duque de Baden, o que fazia dele um possível sucessor da dinastia inaugurada por Napoleão Bonaparte, posto que sua mãe deveria ter sido a filha adotiva daquele estadista. O filho, supostamente morto ainda bebê, poderia ter sido raptado para que não viesse, um dia, a restaurar o poder bonapartiano. A verdade sobre Kaspar Hauser nunca apareceu. Depois de causar muita sensação atraindo a curiosidade de nobres e plebeus, morreu assassinado misteriosamente, sem motivo aparente, próximo à casa de seu professor. Genie: Tal como Kaspar Hauser, a menina Genie passou por confinamento. O caso, ocorrido em Los Angeles, Califórnia (USA), ganhou publicidade em 1970. Ela ficou encarcerada por 12 anos em um quarto, sem contato com qualquer pessoa. O pai submeteu-a a essas condições porque não suportava barulho de crianças. Quando foi descoberta, mal podia ficar de pé, não andava, não falava. Levou muito tempo até aprender a se comportar como uma pessoa normal.
A Garota de Champagne: Em 1731, uma menina aparentando 10 anos foi encontrada em uma árvore em Songi - Chalons, distrito de Champagne, França. Descalça, com o vestido reduzido a trapos e um gorro feito de folhagens na cabeça. Em uma espécie de bolsa, guardava um porrete e uma faca onde distinguiam-se carcteres indecifráveis. Emitia gritos agudos; sua pele estava tão suja e escurecida que alguns acharam que era uma menina negra. Comia passarinhos, sapos e peixes, folhas, brotos e raízes. Quando colocaram um coelho em sua frente ela imediatamente o matou, abriu sua entranhas e comeu sua carne. A garota de Champagne é um dos raros casos de criança selvagem que aprendeu a falar coerentemente o que faz pensar que, antes de ser abandonada ou perder-se, já sabia a falar. Em pouco tempo ela esqueceu a maior parte de sua vida na floresta que, supõe-se, durou cerca de dois anos."Seus dedos, especialmente os polegares, eram extraordinariamente largos" - relatou uma testemunha da época, o famoso cientista Charles Marie de la Condamina. Ela usava esses dedos para extrair raízes e como apoio para agarrar nos ramos das árvores, entre as quais movia-se como um macaco. Era muito rápida na corrida e tinha uma visão fenomenal. A menina recebeu o nome de Marie-Angélique Memmie le Blanc. Cresceu e se estabeleceu em Paris onde trabalhava no artesanato de flores artificiais. Suas memórias foram escritas por Madame Hecquet. Morreu na obscuridade com a maioria das crianças selvagens.
Peter, o Selvagem: O primeiro caso de criança selvagem que ganhou fama foi "Wild Peter"; quando foi descoberto, estava nú, a pele escurecida e tinha os cabelos negros crescidos e emaranhados. Capturado em Helpensen, Hanover - em 27 de julho de 1724, aparentava ter 12 anos na ocasião. Subia em árvores com extrema facilidade. Não falava; recusava comer pão; preferia consumir ramos verdes de certos vegetais que mascava e sugava; mais tarde aceitou frutas e verduras de horta. Ele foi exibido em Hanover na côrte de George I. Levado para a Inglaterra, ali foi estudado pelos cientistas. Viveu 68 anos em sociedade mas nunca aprendeu a dizer nada além de "Peter' e "rei George".
A Menina de Kranenburg: essa menina foi achada em 1717, na floresta, próxima à província de Overyssel, Alemanha. Ela foi sequestrada aos 16 meses, levada da casa de sua família em Kranenburg. Ao ser resgatada, estava vestida com pano grosseiro; alimentava-se de folhas e grama. Não havia qualquer evidência de tivesse sido adotada por algum tipo de animal. Ela aprendeu a trabalhar com fiação, a se comunicar através de sinais mas nunca conseguiu falar normalmente.

as meninas-lobas da índia

Amala e Kamala, também conhecidas como as meninas lobo, foram duas crianças selvagens encontradas na Índia no ano de 1920. A primeira delas tinha um ano e meio e faleceu um ano mais tarde. Kamala, no entanto, já tinha oito anos de idade, e viveu até 1929.
Em 1920, o reverendo Singh encontrou, em uma caverna, duas crianças que viviam entre lobos. Suas idades presumíveis eram de 2 e 8 anos. Deram-lhes os nomes de Amala e Kamala, respectivamente. Após encontrá-las, o rev. Singh levou-as para o orfanato que mantinha na cidade de Midnapore. Foi lá que ele iniciou o penoso processo de socialização das duas meninas-lobo. Elas não falavam, não sorriam, andavam de quatro, uivavam para a lua e sua visão era melhor à noite do que de dia. Amala, a mais jovem, morreu um ano após ser encontrada. Kamala viveu durante oito anos na instituição que a acolheu,humanizando-se lentamente.Ela necessito de seis anos para aprender a andar e pouco antes de morrer só tinha um vocabulário de 50 palavras.Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Ele chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente ás pessoas que cuidaram dela e ás outras crianças com as quais viveu.